«Um dos grandes mistérios da vida é justamente este de não podermos provar tudo cientificamente. E muito do que não se prova pela razão, prova-se pelo coração. Comprova-se existêncialmente, pela via dos sentimentos, dos afectos e das relações que vamos criando.
Como é que se prova o amor entre duas pessoas, por exemplo? Se o amor é verdadeiro, vai dando sinais. Que sinais? Sinais de amor propriamente dito, de cumplicidade, de comunhão, de
entendimento, de crescimento interior, de alegria, de confiança e, ainda, de esperança no presente e no futuro, entre tantos outros.
O amor sente-se, e é porque nos sentimos amados e porque amamos que confiamos mais em nós e nos outros. O amor entre duas pessoas não se comprova cientificamente, mas confere-se na vida vivida todos os dias. É uma atitude, uma maneira de estar, de ser e sentir que está muito para além da compreensão intelectual. (...)
Perceber a importância e o peso do coração na nossa vida passa por nos perguntarmos de onde nos vem a segurança e a confiança. Da razão? Daquilo que conhecemos e percebemos ou daquilo que sentimos e em que acreditamos?»
in Editorial da XIS de 13 de Janeiro de 2007, por Laurinda Alves
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