segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Amor à chuva

Existem momentos que nos marcam a vida a ferro e fogo...
Alguns transformam-na num lugar mais triste e mais vazio, mas há outros que têm o dom de a transformar num verdadeiro paraíso na terra!!


Juntos, de mãos dadas, passeávamos na noite fria pela alameda-de-chão-cor-de-tijolo acompanhados por um tic, tic, tic, tic, que corria divertido ao nosso lado.
A visão da noite era brilhante: os reflexos das gotas de água que cobriam a alameda, irradiavam uma lumiosidade que tornava o ambiente mágico! Não resisiti a parar e olhar em silêncio para aquela pequinina parte maravilhosado mundo ... ... ...


Quando olhei para ti sorrias para mim com um olhar deliciado:
«Perguntaram-me hoje se vai ser este ano, e eu disse que não dependia só de mim...
Queres que seja este ano?»

Timidamente, com um sorriso de radiosa felicidade meio envergonhado:
«Se quiseres que seja este ano, pode ser este ano...»

Também timidamente, umas gotinhas de chuva começaram a esvoaçar na noite...

«Não foi isso que eu perguntei, Palhaçita! Tu queres que seja este ano?!?!»

Num múrmúrio, quase apagado pela chuva que caia no chão com uma força crescente:
«Sim! Já não consigo estar longe de ti!»

Os olhos fixos no olhar deleitado um do outro, não deixaram qualquer dúvida no ar... Numa alameda abençoada pela chuva, de onde todos tinham fugido, não resistimos a um daqueles abraços apertados únicos e a um rodopiar de alegria!!

A chuva escorria pelos cabelos, pela cara, encharcando casacos e calças... mas não havia frio! O amor enche-nos de calor e felicidade, mesmo quando o que nos rodeia é frio e difícil!

Não há dúvidas sobre o caminho... vamos percorrê-lo de mãos dadas, à descoberta do mundo e da vida! Quer seja à chuva, quer seja ao sol!!!

:))))

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