Post de Beatices! Depois não digam que não avisei! LOL
Há alturas em que me apercebo de que estou, inconscientemente, a tratar "mal" o «Pedacinho de Deus» que em mim habita... esta percepção resulta de um certo vazio que se instala e do qual surge uma certa tristeza...
Apesar do fim de semana de reenkontro e do sim verdadeiramente sentido, o Lugar Especial do "Pedacinho de Deus" ainda não se encontrava totalmente confortável para ser habitado ...
O que encontrei no Blog Toques de Deus do Pe. Nuno (17 e 20 de Outubro) ajudou-me a perceber o que é que estava a "falhar" :)
«Bem, tenho pensado (e desculpem lá se vos cheira a beatice) num atestado de garantia que Deus nos deixou: “Sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.” Ora, tomando como verdadeira esta afirmação resta-me concluir que mesmo hoje, dia 17 de Outubro de 2008, Ele anda por aí. Tão fácil a conclusão, mas para mim tão difícil de reconhecê-lo diariamente, como se eu quisesse ter um detector que apitasse cada vez que me cruzasse com Deus. Sim, exactamente o que estas a pensar…tipo detectores à saída dos super-mercados ou nos check-in’s dos aeroportos, implacáveis e eficazes.
Embora sinta que não seja possível, tento não cruzar os braços e insisto em esforçar-me por reconhecer a sua presença. Percebo que não passa somente por uma presença de igreja, mas que Ele chega e toca realidades “não sagradas”. Claro que é necessária e indispensável uma relação pessoal com Deus que é conseguida pelos nossos momentos de oração e aí, uma vez ou outra conseguimos experimentar (de maneira sensível ou não) a sua presença. Mas, falo dos outros momentos que definem todo o dia. Por exemplo: Sair de casa de manhã e apanhar o metro. Aulas na faculdade. Regressar de comboio. Ir ao bar tomar um café. Ouvir duas piadas no corredor. Passear na rua. Almoçar e Jantar. Enfim…e poderia estar aqui a agendar um dia. E aqui nestes tempos concretos, como se experimenta a sua presença?
Há um critério que ajuda a detectar: dar-me conta dos meus movimentos interiores (sentimentos de alegria ou de desalento) e tentar perceber os seus efeitos ao longo do dia. Mas, será que a alegria é sinónimo de que estou próximo de Deus, da vida e dos outros; e a tristeza sinonimo de que estou afastado? Poderá a tristeza ser, também, sinónimo da presença de Deus? E se for? Como é que o distinguimos?
Não é fácil a distinção. E para distinguir a origem da alegria e da tristeza, é necessário parar para observar-me por dentro e perguntar-me em que ponto me encontro. Uma espécie de electrocardiograma.
Que vida tenho experimentado? Que linha de fundo está por detrás dos meus dias? Ora, se me sinto afastado do essencial da vida, Deus com a sua pedagogia alerta-me, no mais fundo de mim mesmo, através de um sentimento de tristeza. Esta tristeza, que também pode ser uma graça de Deus, é indicativa para uma mudança necessária. Não uma mudança pela obrigação ou pela opressão, mas um convite para o melhor de mim mesmo, para a felicidade realizada e possível, desde já, na minha vida.
Pelo contrário, se procuro viver com abertura e disponibilidade aos outros, uma aposta numa vida descentrada, a alegria que experimento é um toque, confirmativo de Deus. E a tristeza que aparecer, porque também é provável que apareça, não é mais do que uma reclamação das nossas resistências (justificações, receios, impedimentos) ao projecto de Deus.
E é natural e bom sinal que hajam oscilações de tristeza e de alegria nas nossas vidas. É muito bom sinal. »
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